Segundo a tradição do culto dos Eguns, é originário da África, mais precisamente da região de Oyó. O culto de Egungun, é exclusivo de homens, sendo Alápini o cargo mais elevado dentro do culto tendo como auxiliares os Ojés. Todo integrante do culto de Egungun é chamado de Mariwó. Na África, Xangô é considerado a encarnação do Deus primordial do Sol, raios e tempestades, Xangô seria a encarnação de Jakutá, que é considerado a mão de Olorun que pune, o caráter punitivo de Olorun, ele representa o poder de Olorun, tanto que fora enviado ao mundo em criação para estabelecer a ordem entre Oxalá e Oduduá, que são as duas divindades que foram encarregadas, por Olorun, para criação. Desta forma, Xangô é cultuado como um Orixá Egungun, Orixá por ele ser nada mais nada menos que o Orixá da execução, da punição divina e Egungun por ele ter tido sua passagem pela terra como homem e ter se iniciado. Xangô foi o criador do culto de Egungun e ele foi o primeiro Ojé ( Sacerdote do Culto aos Mortos ) e também foi o primeiro Alapini ( Sumo-sacerdote do Culto aos Mortos ) isso é evidenciado em um de seus Orikis que fala:
"Rei do Trovão ( Raios ) Rei do Trovão ( Raios ) Encaminha o Fogo sem errar o alvo ( Alusão aos Raios ), nosso vaidoso Ojé Xangô alcançou o Palácio Real Único que possuiu Oiá Grande líder dos Orixás Rei que conversa no Céu e que possui a honra dos Ojés Rei que conversa no Céu e que possui a honra dos Ojés."
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos
vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos
ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan,
que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos
rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral
individualizado está de novo "vivo".
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando um grande volume de tecidos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria
As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do
ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado
no culto de Egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os
mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo
não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou
mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando um grande volume de tecidos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria
A roupa do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia , ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará um assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.
Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes — como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns — desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixan.
Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo
O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada
ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior
do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de
largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e
pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual ,também caem muitas tiras de
pano da altura do tórax ; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa
ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.
O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.
O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.
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