OBS: PARA O USO DE ERVAS PARA FINS LITURGICOS PROCURE
ORIENTAÇÃO DE UM BABALORIXÁ ,YALORIXÁ OU BABALOSSÃE
POIS AS ERVAS DEVEM SER PREPARADAS DENTRO DO RITUAL DESDE
SUA COLHEITA ATÉ SEU PREPARO
PARA USO MEDICINAL PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA
Abiu-abieiro:
Sem uso na liturgia, tem folhas curativas; a parte inferior destas, colocadas
nas feridas, ajudam a superar; se inverter a posição da folhas, a cura será
apressada. A casca da árvore cozida tem efeito cicatrizante.
Agrião-do-Pará
– Jambuaçu: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para
purificação de filhos; como axé nos assentamentos da deusa de água doce. A
medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir escorbuto (carência de
vitamina C). É, também, excitante.
Alfavaca-de-cobra:
É usada em todas as obrigações de cabeça. No abô também é usada, o filho dorme
com a cabeça coberta. Antes das doze horas do dia seguinte o emplastro é
retirado, e torna-se um banho de purificação. A medicina caseira a indica como
combatente ao mau-hálito.
Arapoca-branca:
Suas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça e nos abô; no Candomblé são
usadas em sacudimentos pessoais. As casacas desta servem para matar peixes. A
medicina caseira utiliza as folhas como anti térmico, contra febres. Age também
como excitante.
Arnica-montana: Tem
pouca aplicação na Umbanda e no Candomblé. Já na medicina popular; e muito
usada, após alguns dias de infusão no otin (cachaça). Age como cicatrizante,
recompondo o tecido lesado nas escoriações.
Azedinha
- Trevo-azedo – Três corações: É popularmente conhecida como
três-corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular
como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Bananeira:
Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da
tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua
seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças
do peito.
Brio-de-estudante
– Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Ela
fornece um bom corante que é usado nas pinturas das yawo, de mistura com pemba
raspada. A medicina popular utiliza o chá, meia hora antes de dormir, para ter
sono tranquilo.
Caferana-alumã:
São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na medicina popular
como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar
danos; é óptima combatente; poderoso vermífugo e energético tónico.
Camará-cambará:
Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
purificação. A medicina caseira a emprega muito em xarope, contra a tosse e
rouquidão e ainda põe fim às afecções catarrais.
Camomila-marcela:
Tem restrita aplicação nas obrigações litúrgicas. Entretanto, é usada nos banhos
de descarrego e nos abô. No uso popular é de grande finalidade em lavagens
intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos
intestinos. O chá das flores é tónico e estimulante, combate as dispepsias e
estimula o apetite.
Cana-fístila
– Chuva-de-ouro: Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça,
usada também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é
contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com
clara de ovo e sal mata impigens.
Chamana-nove-horas
– Manjericona: Usada em obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos
de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza em disenterias.
Cipó-chumbo:
Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope
debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias
sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas
rebeldes.
Erva-cidreira
– Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao
âmbito da medicina caseira, que a usa como excitante e anti-espasmódico,
enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro
combate as agitações nervosas, histerismos e insónia.
Erva-de-Santa-Maria:
São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio
caseiro é utilizada para combater lombrigas (ascárides) das crianças, também é
óptimo remédio para os brônquios.
Ervilha-de-Angola
– Guando: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as
pontas dos ramos contra hemorragias e as flores contra as moléstias dos
brônquios e pulmões.
Fava-pichuri:
No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, ou defumações
que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá,
que é eficaz nas dispepsias e diarreias.
Flamboiant: Não
é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em algumas casas, em
banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso,
como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as
obrigações. Sem uso na medicina comercial.
Gengibre-zingiber:
São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas. O
povo a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações do
estômago, em chá.
Gigoga-amarela
– Aguapê: Usado nos abô, nos bori e banhos de limpeza, pois
purifica a aura e afugenta ou anula Eguns. A medicina popular manda que as
folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas
vocais.
Ipê-amarelo:
Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em
gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a
cozimento são a casca e a entre casca.
Lúca-Árvore-da-pureza:
Seu pendão floral é usado plena e absolutamente, em obrigações de ori dos filhos
de Oxum. Não possui uso na medicina popular.
Macaçá:
Aplicação litúrgica total, entra em todas as obrigações de ori nos abô e
purificação dos filhos dos orixás. O povo a usa para debelar tosses e catarros
brônquios; é usada ainda contra gases intestinais.
Mãe-boa:
É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se
restringe aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em
chá ou banho.
Malmequer
– Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori e nos abô, e
nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes,
reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou
fumigações para facilitar a regra feminina.
Malmequer-do-campo:
Não é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função
cicatrizante de feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a
ferida.
Malmequer-miúdo:
Aplicado em quaisquer obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza dos
filhos que se encontram recolhidos para feitura do santo. Como remédio caseiro,
é cicatrizante e excitante.
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