terça-feira, 15 de maio de 2012
OBI O FRUTO SAGRADO DOS ORIXÁS
Segundo um antigo dizer da Bahia, “quem planta obi não colhe”, esta era uma forma de expressar os longos anos que uma árvore leva para frutificar. Então os velhos sacerdotes da Bahia ensinaram que uma criança é que deveria plantar o obi, e este ritual é rigorosamente obedecido por todos aqueles que pretendem viver para colher a fruta. (...)
Obi é um fruto sagrado e insubstituível, sem o qual não se faz nenhuma obrigação, nenhuma confirmação de que os Orixás aceitaram as oferendas. A resposta de afirmação do obi é fundamental para que os ritos possam continuar. O obi de quatro gomos, o único que deve ser ofertado aos Orixás, chama-se obi abata.
Cada fruto é composto de dois casais, separam-se os gomos excedentes e dividem-se em comunhão com todos os presentes ou oferecem-nos a Exu.
Os gomos são delineados pela natureza, portanto não pode haver nenhum tipo de intervenção, sobretudo de faca, para dividir o obi. Apenas nos rituais de Xangô o obi dever ser substituído pelo orobô. O obi deve ser jogado sobre a água, em pratos brancos ou diretamente no chão.
Seus gomos devem ser jogados de uma só vez, ou seja, simultaneamente.
Não se pode manipular os gomos, nem jogar os que caíram fechados sozinhos. Se a caída não for favorável, deve-se lançar todos os gomos novamente. Só uma caída autoriza de imediato a continuidade dos ritos ou confirma a aceitação. Quando todos os gomos do obi caem abertos, isto é, com sua parte interna para cima, é o sinal de que os Orixás abençoaram e/ou aceitaram o rito.
O USO DO OROBO
Orogbo (Garcinia Kola - Amarga), Fruto quente relativo à morte, no entanto propicia felicidade, alegria e saúde no Igbori ou como oferta a qualquer outro Orisa,principalmente Obaluwaiye, Shango, Ogun, Egungun. No caso de Sango e os Egungun é utilizado o Orogbo em vez do obi. O orogbo ou Obi são também usados para dar forças às palavras em forma de um Afoshè que deve ser mastigado juntamente com Ataarê, esse Afoshè fornece força às palavras que saem da boca nos momentos de invocações, exaltação, orações, canções e pedidos e etc.
SIMBOLOGIA DO ALGUIDAR OU OBERÓ
O ALGUIDAR OU OBERÓ SIMBOLIZA A TERRA ,ANTIGAMENTE AS OFERENDAS ERAM
FEITAS, OU SEJA ARRIADAS DIRETAMENTE NA TERRA , COM A EVOLUÇÃO DOS
TEMPOS VEIO O CRESCIMENTO E EVOLUÇÃO DAS CIDADES E CONSTRUÇÕES HOJE EM
DIA RARAMENTE TEMOS UMA ÁREA OU QUINTAL DE TERRA OU SEJA HOJE A GRANDE PARTE DOS TERRENOS ESTÃO URBANIZADOS COM CALÇADAS ACIMENTADAS QUINTAIS ACIMENTADOS E ETC COM ISSO USAMOS O ALGUIDAR COMO SÍMBOLO
DA TERRA OU SEJA A LIGAÇÃO DA OFERENDA COM A TERRA .
sexta-feira, 27 de abril de 2012
ERVAS : OMULÚ / ABALUAÊ
Agoniada:
Faz parte de todas as obrigações do deus das endemias e epidemias. Utilizada no
ebori, nas lavagens de contas e na iniciação. Esta erva purifica os
filhos-de-santo, deixando-os livres de fluidos negativos. Na medicina popular, a
mesma é usada para corrigir o fluxo menstrual e combate asma.
Alamanda:
Não é utilizada em obrigações, sendo empregada somente em banhos de descarrego.
Na medicina caseira ela é usada para tratar doenças da pele: sarna (coceiras),
eczema e furúnculos. Para usar é necessário que se cozinhe as folhas, e coloque
chá de folhas sobre a doença.
Alfavaca-roxa:
Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá.
Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá
em cozimento, para emagrecer.
Alfazema :
Empregada em todas as obrigações de cabeça. É aplicada nas defumações de
limpeza, usada também na magia amorosa em forma de perfume. A medicina popular
dita grandes elogios a esta erva, pois ela é excelente excitante e
anti-espasmódico. É usada, também, como reguladora da menstruação. Somente é
aplicada como chá.
Babosa:
Muito usada em rituais de Umbanda, mais especificamente em defumações pessoais.
Para que se faça a defumação, é necessário queimar suas folhas depois de secas.
Isso leva um certo tempo, devido a gosma abundante que há na babosa. A defumação
é feita após o banho de descarrego. Para a medicina caseira sua gosma é de
grande eficácia nos abcessos ou tumores, além de muitas outras aplicações.
Araticum-de-areia
– Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de
descarrego, em mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos
frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do
reumatismo.
Arrebenta
cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes
do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair
simpatia. Não é usada na medicina caseira.
Assa-peixe:
Usada em banhos de limpeza e nos ebori. Na medicina popular ela é aplicada nas
afecções do aparelho respiratório em forma de xarope.
Musgo:
Aplicada em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. A
medicina caseira aconselha a aplicação do suco no combate às hemorróidas (uso
tópico).
Beldroega:
Usada nas purificações das pedras de orixá e, principalmente as de Exu. O povo
usa suas folhas socadas para apressar a cicatrização das feridas, colocando-as
por cima.
Canena
Coirana: Vegetal de excelente aplicação litúrgica, pois entra em
todas as obrigações. O povo a tem como excelente estimulante do fígado.
Capixingui:
Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô, nos banhos de purificação e
limpeza e, também nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons
efeitos no reumatismo e no artritismo e nos sacudimentos. O povo afirma que o
capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O
povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos
sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no
artritismo (reumatismo articular) utilizado em banhos, mais ou menos quentes,
colocando-se nas juntas doloridas.
Cipó-chumbo:
Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope
debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias
sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas
rebeldes.
Carobinha
do Campo: Em alguns terreiros essa planta faz parte do ariaxé. A
medicina caseira indica o chá de suas folhas para combate coceiras no corpo e,
principalmente coceira nas partes genitais.
Cordão
de Frade: É aplicada somente em banhos de limpeza e descarrego dos
filhos deste orixá. O povo a indica para a cura da asma, histerismo e
pacificador dos nervos. Também combate a insónia.
Cebola
do mato: Sem uso ritualístico. A medicina caseira afirma que o
cozimento de suas folhas apressa a cicatrização de feridas rebeldes.
Celidônia
maior: Não possui uso ritualístico. É indicada pela medicina
caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do
cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para
banhar o rosto e dar fim às manchas e panos branco.
Coentro:
Muito aplicada como adubo ou condimento nas comidas do orixá, principalmente na
carne e no peixe. Não é empregada nas obrigações ritualísticas. A medicina
caseira indica esta erva como reguladora das funções digestivas e eliminadora de
gases intestinais.
Cotieira: Não
sabemos ao certo se esta erva tem aplicação ritualística. Na medicina caseira
ela é estritamente de uso veterinário. Muito aplicada em cães para purgar e
purificar feridas.
Erva-Moura:
Esta erva faz parte dos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. Seu
uso popular é como calmante, em doses de uma xícara das de café, duas a três
vezes ao dia. Essa dose não deve ser aumentada, de modo algum, pois em grande
quantidade prejudica. As folhas tiradas do pé, depois de socadas, curam úlceras
e feridas.
Estoraque
Brasileiro: Sua resina é colhida e reduzida a pó. Este pó,
misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se
a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes
ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.
Figo
Benjamim: Erva muito usada na purificação de pedras ou ferramentas
e na preparação do fetiche de Exu. Empregada, também, em banhos fortes para pôr
fim a padecimentos de pessoa que esteja sofrendo obsidiação ou obsessão. O povo
aplica o cozimento das folhas para tratar feridas rebeldes, e banhos para curar
o reumatismo.
Hortelã
brava: Empregada em obrigações de ori, nos abô e nos banhos de
purificação dos filhos deste orixá. No uso caseiro é utilizada para combater o
veneno de cobras, lacraus e escorpiões. É eficaz contra gases intestinais, dores
de cabeça e como diurético. É perfeita curadora de coceiras rebeldes e tiro
acertado nos catarros pulmonares, asma e tosse nervosa, rebelde.
Guararema:
Em terreiros de Umbanda e Candomblé ela é aplicada em banhos fortes e nos
descarregos. Os galhos da erva são usados em sacudimentos domiciliares. Os
banhos fortes a que nos referimos são aplicados em encruzilhadas – na
encruzilhada em que se tomar o banho arria-se um mi-ami-ami, oferecido a Exu. E
deve ser feito em uma encruzilhada tranquila. É um banho de efeitos
surpreendentes. Na medicina caseira esta erva é utilizada para exterminar
abcessos, tumores, socando-se bem as folhas e colocando-as sobre a tumorização.
O cozimento das folhas é eficaz no tratamento do reumatismo. Em banhos quentes e
demorados, de igual sorte também cura hemorróidas.
Jenipapo:
As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica
o cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos é
combatente de hidropisia.
Jurubeba:
Somente usada em obrigações com objectivo de descarrego e limpeza. Suas folhas e
frutos permitem o bom funcionamento do fígado e baço, garante a sabedoria
popular. Debela e previne hepatite com ou sem edemas.
Mangue
Cebola: É usado apenas em sacudimentos domiciliares, utilizando o
fruto, a cebola. Procede-se assim: corta-se a cebola em pedaços miúdos e,
cantando-se para Exu, espalha-se pela casa, nos recantos, e sob os móveis. O
povo usa a cebola, fruto do mangue, esmagada sobre feridas rebeldes.
Mangue
vermelho: Usa-se apenas as folhas, em banhos de descarrego. O povo
a indica como excelente adstringente que possui alto teor de tanino. Muito
eficaz no tratamento das úlceras e feridas rebeldes, aplicando o cozimento das
folhas em compressas ou banhando a parte lesada.
Manjericão-roxo:
Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá das endemias.
Colhido e seco, sua folha previne contra raios e coriscos em dias de
tempestades, usando o defumador. Também é usada como purificador de ambiente.
Não possui uso na medicina popular.
Panacéia:
Entra nas obrigações de ori e banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta
como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o
chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, darros, eczemas e
ainda debela o reumatismo, quando usada em banhos.
Picão
da praia: Apenas na Bahia ouvimos falar que esta planta pertence a
Obaluaiê. Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina popular dá-lhe muito
prestígio como diurético e eficaz nos males da bexiga. Usada como chá.
Piteira
imperial: Seu uso se limita às defumações pessoais, que são feitas
após o banho. A medicina popular utiliza as folhas verdes, em cozimento, para
lavar feridas rebeldes, aproximando a cura ou cicatrização.
Quitoco:
Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva
resolve males do estômago, tumores e abcessos. Internamente é usado o chá, nos
tumores aplica-se as folhas socadas. Muito utilizada nas doenças de
senhoras.
Sabugueiro:
Não possui uso ritualístico. É decisiva no tratamento das doenças eruptivas:
sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a
brotação do sarampo.
Sumaré:
Não tem aplicação ritualística ou obrigações litúrgicas. Porém possui grande
prestígio popular, devido ao seu valor curativo, promovendo com espantosa
rapidez a abertura de tumores de qualquer natureza, pondo fim às inflamações. É
empregado contra furúnculos, panarícios e erisipelas, regenerando o tecido
atacado por inflamações de qualquer origem.
Trombeteira
branca: Não possui nenhuma aplicação nas obrigações de cabeça.
Apenas é usada nos banhos de limpeza dos filhos do orixá da varíola. Seu uso na
medicina popular é pouco frequente. Aplica-se apenas nos casos de asma e
bronquite.
Urtiga-mamão:
Aplicada em banhos fortes, somente em casos de invasão de eguns. O banho
emprega-se do pescoço para baixo. Esse banho destrói larvas astrais e afasta
influências perniciosas. O povo indica esta erva na cura de erisipela, usando um
algodão embebido do leite da planta. O chá de suas folhas debela males dos
rins.
Velame
do campo: Vegetal utilizado em todas as obrigações principais:
ebori, simples ou completo. Indispensável na feitura de santo e nos abô dos
filhos do orixá. Na medicina caseira o velame é utilizado como anti-sifilítico e
anti-reumático.
Velame
verdadeiro: Possui plena aplicação em quaisquer obrigações de
cabeça e nos abô. Usada também nos sacudimentos. A medicina do povo afirma ser
superior a todos os depurativos existentes, além de energético curador das
doenças da pele.
AS ERVAS : EXÚ
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